Monday, July 24, 2006

Piratas do Caribe - O Baú da morte.

Antes da crítica, algumas considerações.Eu troquei o sistema de comentários do blog, assim, pode todo mundo comentar.Os comentários antigos, ainda podem ser visualizados se vc clicar em "permalink" ok?

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Piratas do Caribe - O Baú da Morte é, como todos sabem, uma seqüência, mas entrou para o hall das boas seqüências, daquelas que o público até espera uma segunda seqüência, não daquelas que só vem pra acabar com o bom trabalho feito no primeiro filme.

Na verdade, O Baú da Morte, tira vantagens de ser uma seqüência, sem ter que apresentar personagens e ambientes.Todo mundo já conhece Will e Elisabeth, todo mundo já conhece o Pérola Negra, e todo mundo conhece (pelo menos pensa que sim) Jack Sparrow. Assim, sobra mais tempo para a ação, e aventura que nos deslumbra durante todo o filme.

E falando nele, o que dizer do Capitão (como muito bem ressaltado por Will e Elisabeth logo no começo do filme) Jack Sparrow (é difícil escrever dois parágrafos sobre esse filme e não cita-lo) ? E ainda, o que dizer de Johnny Depp?Bom, como faz com todos seus personagens, Sr. Depp desfila pela tela com sua própria “aula de atuação” (citado por Knightley, em uma entrevista) onde quando aparece, Jack Sparrow, domina a cena, com sua fala de sotaque único, seu andar e jeito de correr característico, e suas expressões, que arrancam sorrisos do espectador sem muito esforço. Antes de sair dizendo que eu provavelmente sou uma fã incondicional de Johnny Depp, e não estou sendo imparcial aqui, assista o filme, e veja sobre o que estou falando.

Ainda nos atores, é bom ver Keira Knigthley fazendo comédia, a cena em que ela tenta a chamar atenção dos cavalheiros, que estão muito ocupados com suas espadas pra dar atenção aos pedidos da dama, é simplesmente ótima, quando ela solta um “oh, the heat” como uma verdadeira dama da corte desesperada, até esquecemos da sua personalidade forte e um tanto máscula, que é a de Elisabeth. Já em Orlando Bloom, eu sinceramente não entendo por que a indústria de holllyood ainda investe tanto no moço com papéis principais. Ele simplesmente não consegue colocar sentimentos e emoções no seu personagem, requisitos básicos de atuação. E quando colocado ao lado de Depp, essa “falta” se torna ainda mais evidente.

E Bill Nighy, apesar de muito bem escondido sob todos os efeitos CGI, ainda pode sim, mostrar suas expressões únicas, e dar todo um caráter próprio, ao seu personagem, Navy jones. Efeitos esses, valem destacar, muito bem produzidos, que cada vez mais, adicionam realidade nos filmes de fantasia.Outro destaque para Naomi Harris, interprete de Tia Dalma, personagem enigmático e cheio de mistérios.Algo me diz, que ainda vamos ver muito dela.

Saindo um pouco dos atores. O filme poderia nem ser tão bom assim, mas já valeria a pena apenas por mostrar todos aqueles cenários maravilhosos do Caribe, sendo as praias, ou as florestas. O clima todo do filme é mais sombrio, mais escuro. Dos cenários, um dos mais impressionantes é com certeza, o Holandês Voador, o navio de Navy Jones. Totalmente ornamentado por criaturas do mar, sendo que algumas são até de antigos marujos do navio.

O filme tem sim, aventura de boa qualidade, destaque para a seqüência da fuga na ilha dos Canibais(com destaque mais uma vez para o carisma que Johnny Depp atribuiu a Jack Sparrow) e obviamente, para a seqüência da luta de espadas, nas ruínas e depois na roda de moinho.

Parabéns também á equipe de trilha sonora que vem fazendo um ótimo trabalho desde o primeiro filme, e que é essencial para dar o ritmo nas cenas de ação.

Com aventura pura, e humor de primeira, Piratas do Caribe - O Baú da Morte, mostra que é parte de uma franquia que veio pra ficar, e termina deixando o espectador com aquele gostinho de quero mais, que vai arrastar todo mundo pra uma sala de cinema em maio de 2007.

No mais: yo-ho yo-ho a pirate's life for me.;)


E devo dizer que escolher as fotos pra botar aqui foi trabalho complicadíssimo, por que elas são todas muito boas!

Tuesday, July 18, 2006

Separados Pelo Casamento(The Break Up)

Foi uma má idéia a de classificar "Separados pelo Casamento" como comédia romântica(provevelmente o mesmo que classificou "Brilho de uma Mente Sem lembranças" como tal), pois assim, o espectador vai esperando uma coisa e acaba obtendo outra, fazendo com que o filme se torne ruim, o que na verdade, não é.

O filme começa de maneira muito criativa.O humor inusitado de Gary, personagem de Vince Vaughn consegue conquistar Brooke, a personagem de Jennifer Aniston, e a maneira como a história do casal é mostrada, como uma coleção de fotos, que parecem muito com aquelas que realmente tiramos na vida real, foi uma boa forma de mostrar 2 anos se passando sem deixar dúvidas e incognitas ao espectador.

Em uma das primeiras cenas, a da principal briga do casal,é possível ver o máximo da atuação de Vince e Jennifer, como um casal que realmente nutre grandes sentimentos um pelo outr, mas se encontra em uma situaçã em que a sequência de defeitos do outro se torna algo insuportável.

O problema começa quando nenhum dos dois quer ter que se desfazer do apartamento, por mais que isso signifique um convívio forçado e não muito agradável.A grande guerra entre os dois vai se mostrando de batalha em batalha, como quando Gary instala uma mesa de bilhar na sala de jantar e convida algums amigos, ou então quando Brooke convida o grupo musical de seu irmão para ensaiar em seu quarto.

O humor inteligente se encontra nos pequenos detalhes das narrações dos video-games de Gary.Como quando Brooke pensa que venceu a batalha a levar um homem extremamente atraente para casa, com o propósito de deixar Gary com ciúmes, mas Brooke vê, esse já está muito a vontade jogando video game com seu convidado, enquando o locutor do video game narra uma vitória de virada no jogo.E quando Brooke faz uma depilação especial e sai pela casa completamente nua para provocar Gary e o video game(de boxe) começa a narrar como o jogador com um nocaute vai ao chão.

Apesar de ter momentos engraçadíssimos, "Separados pelo Casamento" está longe de ser uma comédia, pelos diálogos, e toda sua linha de narração, que não tenta fazer com que o espectador ria a cada cena, mas que veja as verdadeiras consequências dos atos dos personagens.

O final pode ser um pouco amargo para algums, mas é bom ver que cada vez mais filmes tentam escapar do "final cliché" o que torna a experiência de ver o filme, sem ter o final previsível,muito mais prazerosa.

Friday, July 14, 2006

Bem vindo!

O Written Images é um site que vai trazer críticas de cinema, escrita pela pobre cinéfila que vos fala.